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5 mitos sobre cirurgia plástica que ninguém te conta

28 de julho de 2016

São Paulo – Atrás somente dos Estados Unidos, o Brasil é vice-campeão entre os países que mais fazem cirurgias plásticas no mundo. Segundo os dados mais recentes da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), mais de 2 milhões de procedimentos são feitos por aqui anualmente.

Entre as intervenções, a lipoaspiração e o aumento das mamas aparecem como as cirurgias mais realizados no país.

Engana-se, no entanto, quem acha que as mulheres são as que mais fazem cirurgias. Muitos homens também realizam procedimentos com a intenção de corrigir algo que incomoda e assim melhorar a autoestima.

A pedido de Exame.com, o cirurgião Leandro Ventura, do Instituto Ivo Pitanguy, listou 5 mitos sobre cirurgia plástica. Veja abaixo quais são eles:

1 – Cirurgia plástica estética não requer preparação prévia

Segundo Ventura, em qualquer intervenção eletiva – como é o caso da maioria das cirurgias plásticas – deve-se avaliar o paciente como um todo. Logo na primeira consulta, antes de aprofundar a conversa em torno das queixas que levaram à procura do cirurgião plástico, é necessário conhecer o histórico do paciente, analisando cuidadosamente sua saúde geral.

2 – Sedentarismo e uso de medicamentos não interferem na realização e no sucesso da cirurgia

Obesidade, sedentarismo, comorbidades (presença ou associação de duas ou mais doenças no mesmo paciente), uso de medicações ou substâncias que aumentariam o risco de eventos tromboembólicos, como anticoncepcional oral ou outros hormônios, e até mesmo o tabagismo podem interferirmos procedimentos.

3 – Lipoaspiração ajuda a perder peso

De acordo com Ventura, existem limites de segurança para o volume a ser lipoaspirado. Ela é indicada nos casos de gordura localizada, que dificilmente desaparece – apesar de atingido o peso ideal. Além disso, a gordura retirada pode ser utilizada para preenchimento de outras áreas, auxiliando na harmonização do contorno corporal.

4 – Alguns procedimentos, como abdominoplastia, são indicados somente para mulheres

Por conta da gestação, a correção da flacidez na região do abdômen feita pela abdominoplastia é mais procurada por mulheres, mas tal procedimento não é exclusivo delas. Ventura pondera que as mulheres ainda são maioria na busca por cirurgias plásticas, mas cada vez mais os homens têm buscado melhorias.

“Talvez por machismo, se criou a cultura de que os homens deveriam se aceitar como são, mas as coisas estão mudando e hoje já homens que fazem cirurgias para corrigir o nariz, preenchimento de rugas e até a plástica na barriga”, explica o especialista.

5 – Cirurgia plástica não tem relação com transtornos mentais e autoestima
Para Ventura, pacientes que procuram cirurgias plásticas trazem transtornos tão ou mais importantes que as doenças orgânicas. “É importante observar que algumas cirurgias não são só estéticas. A de mamas nas mulheres e a ginecomastia nos homens são bons exemplos”, explica.

Segundo ele, é ainda importante ressaltar que, apesar de a cirurgia plástica realmente ser fator importantíssimo na melhora da autoestima, objetivando atenuar desconfortos físicos, as expectativas podem ser frustrantes, caso a cirurgia seja indicada em casos de transtornos mascarados por queixas físicas.

“O ser humano é complexo e se comunica de diferentes formas. Muitas vezes, deposita em detalhes corporais importância e responsabilidade irreais, por desequilíbrios da realidade mentais. Por isso, é importante se perguntar: Qual é a sua queixa?”, afirma.

Antes de optar por uma cirurgia, Ventura sugere ao paciente fazer as seguintes perguntas a si mesmo: Até que ponto de fato sua felicidade (ou a ausência dela) depende desse detalhe? Sua autoimagem é coerente? Condiz com a realidade? ”

“Reflita. Repense. Entenda-se melhor. Aceite-se mais. E, se após este processo de amadurecimento ainda houver espaço para reparos, harmonizações, embelezamentos responsáveis, conte conosco, cirurgiões plásticos”.

Fonte: Exame.com

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